sexta-feira, 18 de novembro de 2011

ABSTRATO

Uma não-história começa.
E existe.
A verdade a ameaça constantemente.
Mas a mentira não a reconhece.

Essa não-história se ramifica dentro do ser.

A vida está sempre à parte.
Mas a morte não parece existir.

Pelos ares, os sonhos
com toda a sua condição volátil
toda todo o campo de uma certeza.

Mas a dúvida arranha as portas de casa,
as paredes do estômago
e estas linhas.

A felicidade vinga.
Mas contra a vontade de todos, a tristeza também.

Mas a felicidade vinga!

Na bisca por fundamentos para tudo
a esperança entra em cena
mas tudo está tão esfumaçado
diante dos olhos.

Tão distante.

E o futuro?

Quanto ao futuro...
Quanto ao futuro...
Quanto ao futuro...

(R.Braga Herculano)

Um comentário:

Darville Lizis disse...

Excelente.