sábado, 21 de fevereiro de 2009

SINAL DE QUE OU ONDE EU NÃO ESTIVE (OU AINDA LAPSOS OMEGÁSTICOS APÓS UMMAGUMMA - PARTE XI)

Ar em espiral sopra ebulindo cabeças
lua ebúrnea, testemunha indiferente a tudo.

Veraneios ciclonados
meteoros-balas-ácidas
portos vagos
e missas - sem cruzes - de corpos presentes.

Um torpedo leva um ícaro às asas de um pterodáctilo (ou nos confins da abóbada celeste,
onde reinam os mistérios de pavões e asa-deltas sugadas por um deus desconhecido e necromagnético - ?) entre os helicópteros
batedeiras, nuvens de claras de ovos
essas que transbordam com cara vômito.

Com cara de vômito, todosdiante dos barcos-pêndulos
num mar insensato efervescendo compulsivamente
aspirinas atômicas.

Aquele que de maremoto,
o silêncio jorra:
É a tempestade estripando fitas cassettes, apenas. Mas passa.


R.Braga Herculano.

LAPSOS

Não tenho visões,
não tenho lembranças...
nem atitudes.

Só lapsos.

Assim como a vida além do basculante
assim como a vida além do horizonte
assim como a vida além do além.

R.Braga Herculano