segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

DELUSIONS OF A HEART IN THE THIN AIR IN THE WORLD OF ITS POOR-BITTERSWEET LINES

Disreeling in my pen
something 'bout you

while my soul is feeling so anguished
trying so sure about my failure
for undrown you in my lines

but I'm there too
I'm also swalled for this
for my blue

Searching, silly, a salvation
with tired lungs
and despising the atmosphere...

Unfortunately
I just can breathe you.


(R.Braga Herculano)

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

CARTA I

Na alternância do êxtase e a dúvida
desenho um futuro possível
baseado naquele momento que passou
ao sentir o sol
de quase duas semanas atrás.

O nosso sol não morreu mais.

Com o coração embebido de paz
tento lhe escrever qualquer coisa
mas no mesmo instante
o seu sorriso me imobiliza,
me emudece;

de alegria, me enrijeço.

Talvez hoje eu seja
a estátua de bronze
mais feliz desse mundo.

(R.Braga Herculano)

A PENSAR, QUANDO CERTA VEZ DISSE JONAS...

Você pode ter amigos com muitas casas...
cabeçear por aí como quem anda...
finalizando a semana que é curta...

Mas sempre cairá no momento
em que o vento espera
alguma coisa no ser da folha.

Você pode ser a casa de muitos amigos
Você pode ser breve como a semana
e curtir com a cara do tempo
como se fosse o seu otimizador

mas momentaneamente
porque o cair é sempre

e os relógios estouram
e os anjos te empinam
feito papagaio
as pousadas de mármore exalam uma música abstrata
e magnética
enquanto foguetes violentam os céus.

E quando vc olha
para suas mãos assenhoradas de vaidade
enrugadas
trêmulas
você se lembra de um semelhante teu dizendo
com os olhos de uma fome imbecil
fome não sei de que:

"Mas sempre cairá no momento
em que o vento espera
alguma coisa no ser da folha"

(R.Braga Herculano)

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CASA PRÓXIMA AO IBIRAPUERA

Eu quero uma casa
próxima ao Ibirapuera

onde eu possa sentir
os remixes urbanos
(e às vezes tentar fugir deles no parque)
do falatório
e dos passos apressados
que os metrônomos não acompanham

e buzinário

onde eu possa sentir
uma leve saudade
de um pé de goiaba

a saudade
é fundamental

onde eu possa ver
que minha força pode ir
além da natureza

ao ver meus semelhantes
dependurados
limpando vidraças,
erguendo torres de babel

é isso...

(R.Braga Herculano)

sábado, 11 de fevereiro de 2012

NA REALIDADE DE ESTAR

"Por ser o intercalar desta grandeza
à qual todos nós estamos contidos,
independente de nosso estado de espírito.

Vivos para o sol,
a chuva,
as nuvens de betume
e o arco-íris...

Correntezas levam alguns de nós,
ventanias nos trazem de volta;

À realidade de estar
com os dois pés firmes sobre a superfície,
nem sempre dispostos,
mas um tanto que curiosos
com relação ao dia de amanhã...

Seja nos abraços dados
aos nossos semelhantes
que chamamos de irmãos
os nos adeuses
que a morte nos impõe
a dar a alguns deles...

Senhora Vida.
Lembramos de ti em vários instantes.

Quando não,
estamos à sombra do tempo,
que é o lugar onde o "não há é",
onde o "não-ser está".

Janelas abertas, por favor."

(R.Braga Herculano)

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

PARA O AVESSO DO QUE SOBROU DO HORIZONTE

Esta noite foi retalhada
por lâminas vermelhas e amarelas.

Passam por sombras
fazendo-as sentir a fervura do ar
emaranhado à lama negra do espaço.

Todas as sombras estáticas
sem seus corpos que as projetam em meio a

ventos espiralares que
dissolvem-se
e recompõem-se

a cada choque térmico
causado pelos delírios que se agravam
no avançar das horas.

E essas lâminas vermelhas e amarelas
ferventes,
cortantes
E essas sombras geladas,
opacas,
evanescentes,
apavoradas...

Esta noite foi sufocada
por novos edifícios que proclamam
a superação dos homens;

Agora voltam ao pó
agora são nuvens de terra
agora vão-se aos poucos para os distantes montes
mas param no caminho;

Sucumbem às chuvas
agora tudo é lama
na superfície que cobre
as pálpebras duras
dos pacotes de carne
sem sopros de vida
estes desviados
para o avesso do que sobrou
do horizonte

Assim meio que por acaso...

(R.Braga Herculano)