terça-feira, 16 de outubro de 2012

FRAGMENTO DA MANHÃ

[Matizes decompondo-se
quando asas coloridas debatem-se
na tentativa de saudar o sol
o mais próximo possível.
E assim ela se torna branca, branda, elástica
dilacerando as nuvens como se fossem algodão doce
mas são algodões doces]
açoite do ar,

língua de um anjo qualquer
que pelos cantos pregam nos postes
os ideiais de um coração que ainda sente florescer
a cota de esperança que é precisa por dia
e a cada dia usa a palavra "amanhã" sem temer
e saboreia o futuro como se fosse de verdade
mas é de verdade...*

(R. Braga Herculano)

NOTA: * fragmento que nunca terminei.

Entre colchetes, escrito em 2011, sem data.