domingo, 10 de fevereiro de 2008

HIPNOSE

A chave magnética
os pára raios
os raios
o relento
as regressões
as orações
os fins de semana
os afins e desdéns de garotas
que me amam e ignoram
todos os ossos radiografados
os chás das dezessete horas
de todos os vinte e dois anos.
Milhões vezes milhões de piscadas e piscadelas
de tropeços e caras no poste
de nuvens que passam
e lamas que respingam em nossos pés
de arranhões de tombos
de bicicleta
de porradas no pescoço com air-bags
de zoeiras nos ouvidos com telefones celulares.
A quina da calçada
os punhais de gente ruim
os pesadelos
os devaneios
a esperança
os dedos estalam
e nada mais sei.

R.Braga Herculano.

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