sexta-feira, 5 de novembro de 2010

UMA PALAVRA

Uma palavra de nervos e ossos.
Uma palavra de pele oleosa.
Uma palavra entre as rosas do abismo.

Uma palavra tomando forma
mergulhando no intimo de seu sentido
mergulhando no ritmo de seu fonema
na dicção doce embebida em saliva
se desmanchando numa língua camurça
no céu da boca voando com os anjos de afrescos
no hálito fresco, cinamomo
voa livre até se perder
numa garganta além do horizonte.


R.Braga Herculano.

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