quinta-feira, 4 de novembro de 2010

O VERME

Dançando por sua existência
olha-se no espelho com repugnância.

Não tem dinheiro
mas quando ganha
é da miséria
de seu reflexo.

De seu "nexo" de viver se faz doença
da sua crença, o efeito de um sonífero
em seu habitat
podre aquífero.

Respira medo e transpira
sangue indiferido
como se campos de guerra fossem
o meio do nada.

Quiçá o berço de uma nova vida?

E dançando loucamente lúgubre
dá a si mesmo nós cegos de dor.
Ofegante porque a luz é forte
é de manhã ainda, ó atordoada hora lenta!

R.Braga Herculano.

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