sábado, 21 de abril de 2012

APENAS MAIS UM POEMA NO QUAL NÃO TIVE IDEIA DE POR UM TÍTULO

I (Quase em off em algum sonho perdido, penso)

Já são trevas. Busco o tal
Reflexo das palavras:

Parafraseando Braga: Parafraseando Braga.
Silêncio.

II (De um dia para o outro)

Agora tudo é morte. Agora é tudo vida.
Lá fora eu sou da paz. A guerra me espera.
A Bíblia me decora. O cigarro me devora.
As armas me encaram. As caras me indiferem.

Rua ali. Eu no meio do nada.
Na beira da beira da rua.
Na madrugada sem boca.
A lua esmalta os dentes dos vilões das cidades
inescrupulosamente sorriem
o fim dele é o seu troféu
o seu fim é o troféu do demônio
o fim do demônio...

III (Aquele dia morre)

Acorda estrela teimosa
Estenda a luz para o céu entender que é de manhã já.
O galo já pede por isso.
As lavadeiras do rio, na roça, já pedem por isso.
Os homens de cinza também.
As velhinhas que caminham na praia também.
Só eu que não. foda-se.





R.Braga Herculano.

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