Seria um sacrilégio
desomenagear os tupistas
aqueles demagogos
que balbuciam dialetos
que pintam a cara dos versos
e dormem sob lustres parisienses.
Seria um sacrilégio
mas desomenageio.
R.Braga Herculano.
quinta-feira, 4 de novembro de 2010
POR TENTAR CONTINUAR
...confirmada a morte das eras
cerrarei os punhos às metástases que consomem o céu...
R.Braga Herculano.
cerrarei os punhos às metástases que consomem o céu...
R.Braga Herculano.
O HISTORIADOR
O historiador nutre-se de lodo, de esquecimento
e é esquecido.
Justo.
O historiador nunca precisou de estômago
a história é seu luxo
e seu futuro, o candeeiro dos vermes.
O historiador busca o perfeito passo
da dança dos mistérios
no andar dos ossos secos.
Ossos secos planejavam o mundo...
O historiador matou o homem do espelho
vestiu-se de lápide
e esqueceu de tirar o pó em sua capa de heroi do tempo.
Justo.
R.Braga Herculano.
e é esquecido.
Justo.
O historiador nunca precisou de estômago
a história é seu luxo
e seu futuro, o candeeiro dos vermes.
O historiador busca o perfeito passo
da dança dos mistérios
no andar dos ossos secos.
Ossos secos planejavam o mundo...
O historiador matou o homem do espelho
vestiu-se de lápide
e esqueceu de tirar o pó em sua capa de heroi do tempo.
Justo.
R.Braga Herculano.
O VERME
Dançando por sua existência
olha-se no espelho com repugnância.
Não tem dinheiro
mas quando ganha
é da miséria
de seu reflexo.
De seu "nexo" de viver se faz doença
da sua crença, o efeito de um sonífero
em seu habitat
podre aquífero.
Respira medo e transpira
sangue indiferido
como se campos de guerra fossem
o meio do nada.
Quiçá o berço de uma nova vida?
E dançando loucamente lúgubre
dá a si mesmo nós cegos de dor.
Ofegante porque a luz é forte
é de manhã ainda, ó atordoada hora lenta!
R.Braga Herculano.
olha-se no espelho com repugnância.
Não tem dinheiro
mas quando ganha
é da miséria
de seu reflexo.
De seu "nexo" de viver se faz doença
da sua crença, o efeito de um sonífero
em seu habitat
podre aquífero.
Respira medo e transpira
sangue indiferido
como se campos de guerra fossem
o meio do nada.
Quiçá o berço de uma nova vida?
E dançando loucamente lúgubre
dá a si mesmo nós cegos de dor.
Ofegante porque a luz é forte
é de manhã ainda, ó atordoada hora lenta!
R.Braga Herculano.
MAIS DAS TURVAS III
Se o ar não me permite o voo
lanço longe de meus pulmões
eu quero nuvem de grafite!
Nuvem que de cara suja o index
que me direciona às páginas amareladas de minha vida.
Páginas amareladas essas
de bordas cortantes
degolando todos os anjos que querem
perturbar meu momento de uma paz amarga.
Deixe-me
felicitar dessa vileza aqui
respirando todas as limalhas que se espalham
no horizonte da minha estupidez por estar aqui
até os dias de hoje...
R.Braga Herculano.
lanço longe de meus pulmões
eu quero nuvem de grafite!
Nuvem que de cara suja o index
que me direciona às páginas amareladas de minha vida.
Páginas amareladas essas
de bordas cortantes
degolando todos os anjos que querem
perturbar meu momento de uma paz amarga.
Deixe-me
felicitar dessa vileza aqui
respirando todas as limalhas que se espalham
no horizonte da minha estupidez por estar aqui
até os dias de hoje...
R.Braga Herculano.
ENGOLIDA É A ESTRELA
Engolida é a estrela.
De brilho distante
na alma do gênio
com fome de vida
na boca do estômago
a página em branco.
Engolida é a estrela.
A página em branco
na boca do estômago
com fome de vida
na alma do gênio
de brilho distante.
Engolida é a estrela.
R.Braga Herculano.
De brilho distante
na alma do gênio
com fome de vida
na boca do estômago
a página em branco.
Engolida é a estrela.
A página em branco
na boca do estômago
com fome de vida
na alma do gênio
de brilho distante.
Engolida é a estrela.
R.Braga Herculano.
1994
Os flashes me incomodam
flashes de tardes calmas de outono
da praça do Bairro Araújo
nauseantes-deliciosas lembranças.
Todos os risos das brincadeiras ecoam
na sarjeta da minha mente
esmurrando saudosamente o vão
onde se dissolve meus tempos antigos
lá onde a memória mal arquivou.
A alegria é tão volátil
porque ninguém ainda conseguiu extrair a sua essência
e criar um perfume que fixa?
Entre algumas traças
almoçando minha face jovem
tento quase morto salvar
episódios de minha infância-naftalina.
Mas com os pés em outro solo
sob um sol tão radiante
mas um tanto castigador.
E me levo a saber
não há mais tanto.
R.Braga Herculano.
flashes de tardes calmas de outono
da praça do Bairro Araújo
nauseantes-deliciosas lembranças.
Todos os risos das brincadeiras ecoam
na sarjeta da minha mente
esmurrando saudosamente o vão
onde se dissolve meus tempos antigos
lá onde a memória mal arquivou.
A alegria é tão volátil
porque ninguém ainda conseguiu extrair a sua essência
e criar um perfume que fixa?
Entre algumas traças
almoçando minha face jovem
tento quase morto salvar
episódios de minha infância-naftalina.
Mas com os pés em outro solo
sob um sol tão radiante
mas um tanto castigador.
E me levo a saber
não há mais tanto.
R.Braga Herculano.
JUSTIFICATIVA
Não narro
e nem história tenho para isso.
Poesia é melhor.
Simplesmente
escarro
meia dúzia de minhas frustrações
e pronto!
R.Braga Herculano.
e nem história tenho para isso.
Poesia é melhor.
Simplesmente
escarro
meia dúzia de minhas frustrações
e pronto!
R.Braga Herculano.
NÃO ENTENDO
Descarnado e sem estar em esfera alguma sou
disforme.
Minha era não tem face
na treva que me enforca.
Engulo o vácuo e desrespiro pensamentos.
No entanto, eu tento
entender a liberdade de poder não ser
e não entendo.
Até que inexplicavelmente invento
um amor para mim
só para me regozijar
de um possível sentimento
mais para um provável sofrimento.
No entanto, eu tento
entender que quando amo logo sou e sendo
me prendo.
Mas não entendo.
R.Braga Herculano.
disforme.
Minha era não tem face
na treva que me enforca.
Engulo o vácuo e desrespiro pensamentos.
No entanto, eu tento
entender a liberdade de poder não ser
e não entendo.
Até que inexplicavelmente invento
um amor para mim
só para me regozijar
de um possível sentimento
mais para um provável sofrimento.
No entanto, eu tento
entender que quando amo logo sou e sendo
me prendo.
Mas não entendo.
R.Braga Herculano.
MIGALHAS DE ESTRELAS
mi-
ga-
lhas de es-
trelas na la-
ma
em
cha-
mas cris-
tais de
es-
pe-
rança e
há
lan-
ças per-
furando o es-
paço e
um
laço...
atando-todas-as-vidas-aqui.
R.Braga Herculano.
ga-
lhas de es-
trelas na la-
ma
em
cha-
mas cris-
tais de
es-
pe-
rança e
há
lan-
ças per-
furando o es-
paço e
um
laço...
atando-todas-as-vidas-aqui.
R.Braga Herculano.
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