quarta-feira, 30 de maio de 2012

Ainda Sem Título

"neste segundo aceso
em plena madrugada
ele sonha
e um projétil diz:
acorda homem e morra!"

(R.Braga Herculano)

O NATURAL

...o que as lentes das câmeras daquele tempo
não captavam com perfeição
era mais perfeito do que agora...

(R.Braga Herculano)

INSTANTE MEIO DO CAMINHO

Meu "quando" não se pintará pelos ares deste panorama
a chuva vai cair em breve e esta sempre ameaça leva-lo pra longe.

Sem mais viver na filosofia do "com-o-se"
Este conceito se expirou no último outono

Desquestionar seria o meu ideal
mas foge do meu natural pegar afirmações prontas

E seguindo sempre desimportando com o voo supersônico do tempo
ou quando o deus deste se distrai estourando ampulhetas.







(R.Braga Herculano)

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Ainda Sem Título

é cedo
e o ainda
já vai.

e para
pois ser
nunca.

daqui
até o não
mais e

se vai
sempre a
sumir

vagar
longe do
eu mas

sinto
que é por
pouco

tempo
pois nem
final

se tem
a durar e
o até é

o algo
a valer e
o algo

firme
de novo
mente

reluz
tola sim
quiçá

pois é
assim o
viver

R.Braga Herculano

IN THE MIDDLE OF THE WAY...

No more will paint in this air my when
here comes the rain and it will wash all

No more live in the base of with-the-if
this concept was blowed in last fall

To try follow against the "whys" can be an ideal
but answers born in the nothing are breaking the natural

And I'm following;

while time is flying
or popping glass clocks...



(R.Braga Herculano)

Ainda Sem Título

terra
às vezes
pouca.

medo é
do tempo
breve

sonho
fugindo
mosca

céu se
mancha e
fecha

olhos na
parede a
ver se

tal tá
a contar
a vida

que se
futuro é
real e

se bem
esperar
dá sim

mas no
entanto
que te

dou no
escrito
é o fim

ao meu
agora cá
se tem.



(R.Braga Herculano)

terça-feira, 22 de maio de 2012

PODE SER PARA MIM TAMBÉM...

À volta, lama
por todo o tempo
no meio do mundo.

Corrente, constante
enérgico
catastrófico
nessa esfera pungente
um guerreiro
eletrizante.

Senhor de suas tempestades
dos dilúvios em seus pesadelos
dos enredos de guerras particulares
num cartão postal.

Otimizado por devaneios
ainda que viva o declínio
sabe que um dia há em tudo o renovo.

Mas por enquanto
é só uma estátua de sal pensante.

(R.Braga Herculano)

NUMA PAVOROSA ESQUINA

Apodrecido e sem sangue
ainda em vida
escravo da dor,
outrora rei do azul do mar
caído no chão
em qualquer caminho.

A sentir o sal da terra
na ponta da língua não mais afiada
e tem sabor de vida e morte
assim como quando lambe o fio da navalha.

E lá se vai mais um dia.
E lá se vai a vida toda...

(R. Braga Herculano)

Ainda Sem Título

Penso em minha ainda breve vida,
ainda que memória quase cheia.

Algumas verdades se descontinuam
pelo caminho.

Alguns sonhos
vão se desfiando.

Outros vão sendo tecidos
entre nicotina,
cafeína
ou simplesmente o pensamento.

Dispersão no horizonte;
Fim de tarde na sacada;
Não sou mais um eremita: pois lá vem
aquela lua
acobreada e cítrica - ela é minha.





(R.Braga Herculano.)

CHEGADA

cruzo a linha
estrelas me coroam
ergo os braços
beijo o chão

e desapareço.


(R.Braga Herculano)