Uma rede é tecida de luz e dor
Junto ao sal e a ferida.
Sufocando os cirros que vão para o além
Até se estender pela de terra de fendas gritantes
Qual germina a vida em um ser
Que um dia há de morrer.
Aços e raios se ligam no ar
Cabos de força e segurança se rompem
Enquanto as cortinas se rasgam.
Quando estaremos perto do dia certo?
E o giro contínuo e analógico
Entende o tempo vanishear como mesclas brumosas
No horizonte.
O tempo,
um punhado de cupins e falenas medrosas.
As pessoas vão-se embora por que?
Os fetos envasados poderiam ser mártires e bons líderes
E distraído eu só me ponho a perguntar:
Quando estaremos perto do dia certo?
Pessoas dançam, dançam, dançam com o rádio:
Perderam o controle.
Zumbis dançam, dançam, dançam nos bailes, raves e blocos:
Perderam o controle.
As mesclas brumosas se dissiparam no horizonte
A fissura no ovo da ampulheta fez vazar toda a clara e a gema.
Tempo esgotado:
Ninguém mais há de chegar aqui
Pelo menos hoje.
E quando estaremos perto do dia certo?
R.Braga Herculano.
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