Rosto ao espelho, certeza
Confissão de despedida
Não mais despida e sim trajando
Esse desejo pelo fim
Olhos mudaram para opacos e tristes
O amor é ingrato tem horas (na maioria das vezes)
Antes só sentisse as velhas coisas da carne
Como sente o fio agora.
Derramando seu âmago por lágrimas e sangue
Vida abaixo pela escada
Nada a faz vil, nem a morte
Nem vida que levara outrora.
Coração ata as mãos
Desnuda o corpo e açoita por mal
Às vezes é caro o preço de viver
E o que resta é castigo após o prazer
Entre as paredes a voz ainda ecoa
Execrável vingança da revelação
Que perturba a verdade por essa traição
Risos e lágrimas agridoces rolando
Ironia desse destino que mesmo provocamos
Quando amamos, vivemos, morremos.
E o que apenas restará
É o fantasma do passado que ressoa desde já.
R.Braga Herculano.
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