Venho dentre os ventos de outono
e a chuva de pólovoras
meus olhos são o sol.
Cada passo que eu der
será o teu segundo de estar
desvirando-se do avesso a mim.
Eu quero a tua essência
eu quero teu corpo como um campo livre de soldados neuróticos
eu quero plantar em você meu paraíso.
Quero lhe instalar uma antena
transmitir-lhe sonhos meus e abstrações de meus pensamentos.
Quero pisar-lhe e cravar-lhe meu estandarte.
Te escavar e lançar meus planos
um pedaço de minha carne
te implantar asas que desenhei
abrir-te um céu com meus braços.
Meu abraço é teu templo
tu me precisas ser devota
que te construo um reino azul bem aqui.
R.Braga Herculano.
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