Dançando por sua existência
olha-se no espelho com repugnância.
Não tem dinheiro
mas quando ganha
é da miséria
de seu reflexo.
De seu "nexo" de viver se faz doença
da sua crença, o efeito de um sonífero
em seu habitat
podre aquífero.
Respira medo e transpira
sangue indiferido
como se campos de guerra fossem
o meio do nada.
Quiçá o berço de uma nova vida?
E dançando loucamente lúgubre
dá a si mesmo nós cegos de dor.
Ofegante porque a luz é forte
é de manhã ainda, ó atordoada hora lenta!
R.Braga Herculano.
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