Me perder nas ilusivas luzes da certeza
engolir seus filamentos quase invisíveis
não tão quanto a bolha vitrificada da clareza
que ao se turvar me desbrilha entre os incompreensíveis.
Eu no além das circunstâncias todas do então
me destôo no último vagão sem partir
e me desplugo de razões, sou coração
mantramente chato me repetem : a falir, a falir, a falir.
Que falavam aquele um, a meia dúzia e outros mil?
meus ouvidos pesam surdamente com desverdades
e os rompantes ribombados celestes abafam minha voz vil
a latejar em meus sonhos pondo-me à margem da sanidade.
Tenho a certeza de enlouquecer
mas não pedirei ajuda
pois necessito assim sobreviver.
Enfim, os labirintos me saúdam.
R.Braga Herculano.
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