o poeta morreu.
aliás. nasceu morto.
a vida é uma corrente escrota que é amarrada ao seu corpo duro.
o que importa é sua alma
que risca de fogo o seu sétimo céu.
o poeta morreu.
aliás, ele sempre se pintou como a não-vida.
a vida é só
um transe daqueles que se enloquecem ao dobrar a esquina vã do tempo.
o tempo que petrificou todos os corações da Terra.
agora
o que importa, aliás
o que sempre importou foi sua alma.
essa que risca de fogo o seu sétimo céu.
R. Braga-Herculano.
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