Sobre chãos incessantes de terra batida
eu deságuo suor e desespero
sinto o peso de um céu como se fossem sete.
mãos calejadas, ferramentas tão roídas quanto a minha cara.
Mas eu teimo
porque quem teima vive mais e enterra seus desafetos.
Eu vegeto ou devaneio?
pois não morro e ainda quero chegar onde desconheço.
Eu cresço dentro de mim
quando o sol quer me engolir
ele é dono de toda luz
mas nunca vai torrar nosso modo de olhar a vida.
Ainda que torre as nossas horas.
R.Braga Herculano.
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