I
WAKE UP
Off the world, but...
II
BARCOS AFUNDAM
Seus pulmões brincam de ser bexiga...
III
À DUAS SENHORAS QUE REZAM
Saiba que meu silêncio é o incompreender.
Mas vos suplico para que supliques por todos que não suplicam
ao senhor do imaginário que estampa o lendário céu de óleo sobre óleo de baleia com crustáceos.
IV
NAQUELA VIA
Alguns são movidos
aos fios que imobilizam
possíveis inimigos: Sim...
Pseudocalmaria:
Desolação
Degolação.
V
DEBAIXO DA PONTE
O mundo foi esquecido pelo estômago do velho
que sacia ainda vivo o sadismo natural de seus bichos...
VI
OUTDOOR
A velocidade dos carros o mata.
VII
DOIS TRILHOS
Antes do amém o sino.
Ordem natural, desordem.
Antes das seis. Assim mesmo.
VIII
EU:
Milhares aqui se olham
e assim se proclamam
mas com certas dúvidas
entendem que estão a mercê
da natureza e do tempo.
IX
NASCE UMA SEMANA NOVA
Um distraído perguntou ao outro:
Que horas são?
X
(R.Braga Herculano.)
sexta-feira, 22 de junho de 2012
sábado, 2 de junho de 2012
FETUS '84 MANIFEST
I wanna move my arms
I wanna think to creat my light
I wanna blow my verses outta this field
I wanna draw my own heaven
or swim in dirty chimneys
I wanna chose my gods
to fun in my early years
While you call me "future"
my body will be abstract...
Wanna born tomorrow.
Can you under-stand me?
R.Braga Herculano.
I wanna think to creat my light
I wanna blow my verses outta this field
I wanna draw my own heaven
or swim in dirty chimneys
I wanna chose my gods
to fun in my early years
While you call me "future"
my body will be abstract...
Wanna born tomorrow.
Can you under-stand me?
R.Braga Herculano.
EU ERA CEGO...
eu era cego
mas vi o espelho
que denunciava uma sociedade de cegos
e de pessoas andando como árvores
e árvores deitadas no vazio dos seus corações
a saliva nos meus olhos era ácida
cuspiram na minha cara verde
eu não sabia o que era verde
até entender que eu era diferente
como a estrela mais distante
que morreu por tentar ser o sol
eu já vi deus
e lúcifer, o seu plagiador
eles se parecem comigo
eles estavam envidraçados
e também não viram nada
além do que o universo oferece
os meus olhos tentam devorar e novamente
se estouram
esta galáxia é indeglutível
congestionado morro no breu
por não fartar de tentar ver
o que não posso entender
até entender
que nada disso houve
pelo menos até este meu fim.
R.Braga Herculano.
mas vi o espelho
que denunciava uma sociedade de cegos
e de pessoas andando como árvores
e árvores deitadas no vazio dos seus corações
a saliva nos meus olhos era ácida
cuspiram na minha cara verde
eu não sabia o que era verde
até entender que eu era diferente
como a estrela mais distante
que morreu por tentar ser o sol
eu já vi deus
e lúcifer, o seu plagiador
eles se parecem comigo
eles estavam envidraçados
e também não viram nada
além do que o universo oferece
os meus olhos tentam devorar e novamente
se estouram
esta galáxia é indeglutível
congestionado morro no breu
por não fartar de tentar ver
o que não posso entender
até entender
que nada disso houve
pelo menos até este meu fim.
R.Braga Herculano.
NECESSITANDO UM HIATO
por um basta nesta folha
deixando de absorver das vírgulas
a inútil vontade de prosseguir na mesma ideia
às vezes com contrapontos adicionados
com a camuflagem da falta de assunto
e o desrespeito ao silêncio.
preparando mais um desses monotemas
na avidez por qualquer coisa e
um pouco de linhas sujas, quiçá
mas eu procuro mesmo
o ponto mais do que justo
para o término.
R.Braga Herculano.
deixando de absorver das vírgulas
a inútil vontade de prosseguir na mesma ideia
às vezes com contrapontos adicionados
com a camuflagem da falta de assunto
e o desrespeito ao silêncio.
preparando mais um desses monotemas
na avidez por qualquer coisa e
um pouco de linhas sujas, quiçá
mas eu procuro mesmo
o ponto mais do que justo
para o término.
R.Braga Herculano.
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